Domingo em Casa + Aventura Noturna

Acordei com sintomas de gripe e acabei ficando em casa enquanto Mayara e Eber foram para a igreja. As alas aí do Brasil ainda tem transmissão por Zoom também? Por aqui, todo Domingo a reunião é transmitida online para as pessoas que estão doentes ou que não podem ir até a capela por alguma outra razão. 

Após descansar por várias horas, levantei da cama com a bateria recarregada e pronta para fazer alguma coisa, qualquer coisa, que não fosse ficar na cama. Mayara então, pegou mais uma das ideias de atividades da jarra de inspiração, que compartilhei dois posts atrás. Saímos de casa ao anoitecer para fazer uma  trilha "com chocolate-quente." Como sabíamos que teríamos poucos minutos de iluminação natural, fomos preparadas com uma lanterna. Para a nossa surpresa começou a ventar e nevar muito durante a caminhada, o que transformou a nossa trilha em uma aventura. Mayara, adorou brincar nos riachos congelados tentando quebrar a camada de gelo. Bear, cheirou cada centímetro do caminho, até mesmo embaixo da neve. Eu, amei a experiência de estar no meio das árvores no escuro. Me senti bem corajosa, para ser sincera. 

Chegando em casa fiz uma versão de chocolate quente saudável que ficou mais ou menos, mais pra menos do que para mais... Da próxima vez vou procurar uma receita online em vez de tentar criar algo da minha cabeça. Acho que o problema foi o pó de semente de cânhamo - sim, eu sei, só o nome já assusta, mas a semente é uma delícia. Usamos muito para colocar nas saladas e shakes proteicos.

Enfim, estou amando esse inverno e as oportunidades que temos tido de nos aventurar. 

 

Cooperativa de Pais - Thrive Co

Hoje foi dia de co-op - uma cooperativa de, em sua maioria, mães, que fazem homeschooling e que se reunem uma vez por semana para dar aulas sobre assuntos diversos para seus filhos. É basicamente uma micro escola, uma vez por semana. As mães se voluntariam para ensinar assuntos que sejam de seu interesse ou especialidade. Nesse semestre a Mayara está fazendo 3 aulas: Ciências da Terra, Artes, e Espanhol. A aula de ciências é dada por duas mães que costumavam trabalhar nessa área. Artes, por uma mãe que é uma artista e costumava ser professora. Espanhol, por moi - ou melhor, yo. Nos reunimos no prédio de uma igreja local e somos responsáveis pela limpeza e organização ao final das aulas Quando não estou ensinando, eu ajudo outras mães a ensinar, ou fico no berçário cuidando dos bebês juntamente com outro adulto.

Optamos por participar desse co-op porque a escola que a Mayara costumava frequentar uma vez por semana fechou o programa para homeschoolers. Eu gosto da ideia de ela ter interações sociais de qualidade em um contexto acadêmico semanalmente. Digo "de qualidade" porque muitas pessoas criticam o homeschooling por não providenciar "socialização" suficiente, porém as interações sociais que vemos nas escolas hoje em dia causam mais dano do que benefício. Quem sabe outro dia abordo em mais detalhes - tenho muitos pensamentos sobre esse assunto.

Mayara ama os experimentos e as coisas que ela tem aprendido lá. Semana passada eles fizeram um compasso com um imã, uma agulha, e água. Essa semana criaram um cata-vento com uma rosa dos ventos (existe um nome para esse objeto?) para saber para qual direção o vento sopra. Além das aulas serem legais, la tem um grupo de amigas muito bondosas que, em sua maioria, já conhecia da escola que participava antes.

Eu adoro estar envolvida com outras mães que fazem homeschooling e que têm valores similares aos meus. Também tenho apreciado a oportunidade de ensinar Espanhol e ver as crianças desenvolvendo o interesse em aprender uma nova língua.

De Janeiro a Janeiro

Estou sentada na poltrona do quarto escrevendo enquanto uma tempestade de neve cai do lado de fora. Em outras épocas, eu estaria chateada com o clima, reclamando do frio, e ansiosa pela chegada da primavera e das temperaturas amenas. No entanto, este ano decidi ser mais intencional ao pensar e agir durante o inverno. Decidi iniciar um desafio chamado "1000 horas ao ar livre" que tem me tirado da zona de conforto e, literalmente, me desafiado a aprender a apreciar esta estação do ano. Ano passado, li 50 livros no mês de Janeiro. E por mais que eu goste de ler, lembro de sentir que o inverno estava demorando a passar. Esse ano, após passar tanto tempo ao ar livre, me sinto mais feliz, mais disposta, e mais animada por estar vivendo essa estação.

Outro ponto positivo desse desafio é que Eber e Mayara têm passado mais tempo ao ar livre também. Inclusive, imprimi essas ideas do site do desafio e colocamos todas em uma vaso de vidro em cima do piano. Quando precisamos de inspiração do que fazer do lado de fora, pegamos uma dessas ideias. Ontem pegamos uma que sugeria fazer um prato ou docinho para entregar para um vizinho. Mayara fez cookies de grão de bico que entregamos de patinete na casa de uma amiga. 

Falando na Mayara, ela e Eber acabaram de sair de casa para ir ao fisioterapeuta da mão da May, logo vou sair também para ir a academia. Minto, assim que escrevi isso recebi uma mensagem de "emergência" do condado, pedindo para quem puder, ficar em casa durante a tempestade. Bem, fazer o que... vou aproveitar pra adiantar a janta então. 

Até a próxima :)

Saudades

 
Às vezes sinto saudade dos tempos em que a internet era novidade. Vocês também? As coisas pareciam mais simples. A vida tinha um ritmo diferente. 

O que era para ter simplificado a vida, tem complicado. Essa conexão constante cansa, danifica, vicia, ilude... Hipocritamente, cá estou eu, usando a internet para escrever esses desvaneios. No entanto, acredito que escrever pode ser categorizado como um melhor hábito do que rolar a barra do feed. 

Talvez por eu estar ouvindo o livro "A Geração Ansiosa" de Jonathan Haidt, estou mais sensível a esse tópico. Inclusive, se você ainda não leu, fica a recomendação - mas sinta-se avisada de que existe a possibilidade de que você nunca mais verá um celular, mídias sociais, e internet da mesma maneira. 

Por exemplo, hoje após ouvir partes do livro durante minha caminhada até a academia, cheguei em casa e coloquei meu celular o mais longe possível de mim - exceto por poucos minutos para buscar uma receita
. Foquei cem por cento da minha atenção na minha família. Pude então auxiliar a Mayara a fazer a sua primeira janta. Ela fez uma comida Argentina com um sanduíche de chimichurri e tofu com uma salada de batatas ao molho mostarda. Durante a refeição conversamos sobre a Argentina e nos conectamos, de verdade. 

Além de me sentir mais presente, também senti o desejo de cozinhar - de servir a minha família e nutrir nosso corpo com alimentos saudáveis. Então fiz bolacha salgada de fermentação natural, granola, e doce de leite para os cookies argentinos que Mayara não teve tempo de fazer hoje, mas fará amanhã. Produzir alimentos com as minhas mãos provê um outro tipo de conexão, que traz satisfação e a sensação de capacidade. 

Por fim, sentei em frente ao computador para upload o último episódio gravado no podcast e lembrei desse blog. Decidi tirar a poeira e passar alguns minutos escrevendo - me conectando comigo mesma. 

Queria eu prometer que vou passar mais tempo longe das mídias sociais, mas a verdade é que eu amo registrar momentos e compartilhá-los. Pra quem me segue no Instagram, sabe que eu adoro postar nos stories, fazer reels, e postar fotos da minha família. Porém, posso me comprometer a passar menos tempo rolando o feed e ser mais intencional com o tempo que despendo usando o meu celular. 

Quem sabe assim até lembro de voltar aqui em menos de um ano! 

Foto do primeiro jantar feito pela May - com exceção do pão que fiz com fermento natural

Me preparando para gravar o podcast: 

Penteado para ir a sua primeira atividade das moças da estaca: 

Até a próxima <3 - (alguém lembra qual é o atalho pra fazer o símbolo de coração preto - sem olhar no Google? Alt 3? œåßΩ≈ç√∫˜µµ≤¬˚∆˙©ƒ∂ßåœ∑´®†¥¨ˆøπ““‘«æ…¬÷≥≤  Nope.)

In the Depths

Escrevi esse poema para um projeto da faculdade, semana passada. Usei rimas simples, mas fiquei feliz em conseguir traduzir alguns dos sentimentos que muitas vezes são tão abstratos e difíceis de expressar. 

In the depths of your eyes

I see the infinite azure skies 

The eagerness to explore

The vast nature you adore

 

In the depths of your heart

I see the need to be a part

With arms constantly longing

Expressing your desire of belonging

 

In the depths of your mind 

I see a life left behind

Feelings you’ve tried to bury

But nonetheless must carry.

In the depths of your soul,

Oh, dear little one!

I see the divinity within

The strength to conquer anything.

Outro dia escrevo mais sobre essa nova fase da vida e como está a adaptação 

♥

Minhocas Ansiosas

Ontem tivemos a primeira avaliação com a psicóloga responsável pelo nosso processo de adoção. Esperamos por esse dia por muito tempo. Estávamos muito nervosos, ansiosos, e animados. Na noite anterior à avaliação eu não consegui dormir muito bem e após acordar passei o dia tentando ocupar a mente com tarefas fáceis. 

A entrevista foi longa, três horas e trinta minutos. Por consequência, cansativa. Essa entrevista foi em casal, então Eber e eu revezávamos respondendo perguntas e complementando um ao outro quando necessário. De modo geral, gostei muito de como tudo aconteceu, mas senti que não consegui expressar alguns sentimentos tão claramente quanto eu gostaria. Ainda estou processando todas as coisas que conversamos e algumas coisas que eu gostaria de ter conversado e explicado mais. 

Estou tendo alguns pensamentos e sentimentos muito singulares desde que saímos do consultório. Afinal de contas, esse evento pode ser decisivo para a realização do nosso sonho de nos tornarmos pais. Muitos desses pensamentos tem a ver com coisas que eu gostaria de ter expressado, outros com coisas que planejo expressar no próximo encontro. Mas as minhocas ansiosas não param de se remexer dentro da minha cabeça. Uma hora é um pensamento, outra hora é outro. Com o intuito de acalmar as bichinhas decidi escrever aqui. Escrever me ajuda a organizar meus pensamentos e colocá-los em seu devido lugar. 

Aqui vão alguns dos pensamentos e sentimentos crus que eu ainda estou processando e organizando: 

• Eu tenho muito à aprender. Eu vou errar. Mas o meu desejo de amar essas crianças é maior do que todos os meus anseios e desafios. 
• Eu estou disposta a aprender o que for necessário. Estamos tentando nos preparar da melhor maneira possível (terapia, grupos de apoio, lendo livros, conversando com quem já adotou, etc). Por enquanto nossa preparação tem sido para cenários que sabemos que acontecerão e para outros que são hipotéticos. Só saberemos com segurança o que fazer ou o que precisaremos aprender quando conhecermos as crianças e as suas histórias. 
• Não vai ser fácil, estou ciente das dificuldades que virão, mas mesmo assim estou disposta à enfrentá-las. 
• Deus tem um plano para a minha família. Ele tem preparado essas crianças para virem ao nosso lar. Independentemente de quem elas são ou do que elas já viveram, no momento em que elas entrarem nas nossas vidas, elas serão uma parte de nós e a história delas se tornará nossa também. 
• Essas crianças terão um porto seguro no nosso lar, na nossa vida, e nos nossos corações. 

Semana que vem teremos uma entrevista individual e na semana seguinte uma última entrevista em casal.

Se por um acaso, você tiver se deparado com esse meu post, estamos aceitando todo o tipo de energia positiva e orações que você puder nos enviar para esses próximos encontros. 

E talvez eu apareça por aqui caso precise acalmar as minhoquinhas novamente.

-Bibs

 

Recomeços e Metas

 Há algo muito esperançoso em recomeços. Adoro a sensação de iniciar um novo ano, mês, uma nova semana, ou dia. Bom seria se conseguíssemos fazer o sentimento de esperança e ânimo de cada início perdurar, não é mesmo? Principalmente naqueles dias que estamos cansados, ansiosos, doentes, ou quando nada está indo de acordo com o o planejado. 

Há quem diga que a Segunda-feira é o pior dia da semana, mas eu a cumprimento com alegria e disposição. Admito que o nosso relacionamento já teve altos e baixos, mas nos últimos anos ela tem se tornado meu dia da semana favorito. A chegada da Segunda traz a certeza de que o que passou, passou, e de que existem dias repletos de oportunidades pela frente. 

Metas desempenham um papel importante nesse processo de acolhimento feliz dos recomeços. Semana passada, Eber e eu começamos a participar de um curso de resiliência emocional e como tarefa temos que criar metas relacionadas com o que aprendemos. Por isso estou aqui escrevendo sem parar sobre esse assunto. 

Tenho o hábito de criar metas há muitos anos, mas com o passar do tempo nem sempre consigo manter o ânimo para fazer o que é necessário para alcançá-las. Com o incentivo do curso decidi repensar minhas metas atuais e criar algumas novas que condizem melhor com a fase da vida que estou vivendo. Ao criá-las, gosto muito de usar o método SMART. Ou seja, as metas precisam ser:

• Specific | Específicas
• Measurable | Mensuráveis
• Achievable | Alcançáveis
• Realistic | Realísticas
• Time Based | Temporal

Geralmente estabeleço as metas maiores no início de cada ano e no decorrer dos meses estabeleço metas e tarefas menores para alcançar as maiores.

Para essa semana, defini as seguintes metas:

1. Ler um capítulo das escrituras todos os dias pela manhã;
2. Fazer exercício físico intenso por no mínimo 30 minutos todos os dias pela manhã;
3. Caminhar pelo menos 10 mil passos todos os dias de segunda a sábado;
4. Cozinhar todas as refeições principais em casa;
5. Estudar para a faculdade por 3 horas diárias de segunda a sábado;
6. Tomar água com limão e própolis em jejum ao acordar todas as manhãs;
7. Ler dez páginas de um livro de autoajuda pela manhã de segunda a sexta;
8. Não comer doces até o final de semana, exceto no aniversário do Fred;
9. Fazer 15 minutos de organização e 10 minutos de limpeza todos os dias de manhã e a noite;
10. Fazer ao menos uma caminhada longa (30 a 40 min) com o Bear por dia todos os dias da semana.

Semana que vem volto para contar se consegui realizar todas as metas que estabeleci. 

Highlights da semana passada: visita dos irmãos do Eber com direito a churrasco e jogos de tabuleiro (lereia e pit), noite das meninas com a Marília e Florence, início de mais um semestre na faculdade, picnic preparado pela Tia Simone com a Elisa e Paty, trilha dos Naufragádos com os meus pais, e noite das primas que moram em Floripa. 

      

-Bianca